Passados presentes: mídia, política e amnésia.
IN: Seduzidos pela memória
Os ensaios sugerem que o imaginário urbano e as memórias traumáticas têm um papel-chave na atual transformação na nossa experiência de espaço e tempo e nos conduzem muito além do legado da modernidade e do colonialismo.
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Emergência da memória como uma das preocupações culturais e políticas centrais das sociedades ocidentais.
OBS: Tempo e espaço estão intimamente ligados.
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A procura por outras tradições e pela tradição dos “outros” foi acompanhada por múltiplas declarações de fim: o fim da história, a morte do sujeito, o fim da obra de arte, o fim das metanarrativas.
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A guerra de Kossovo confirma, portanto, o crescente poder da cultura da memória no final da década de 1990, mas ela também levanta questões difíceis sobre o uso do Holocausto como um lugar-comum universal para os traumas históricos.
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Ao mesmo tempo, é importante reconhecer que embora os discursos de memória possam parecer, de certo modo, um fenômeno global, no seu núcleo eles permanecem ligados às históricas de nações e estados específicos. Na medida em que as nações lutam para criar políticas democráticas no rastro de histórias de extermínios em massa, apartheids, ditaduras militares e totalitarismo, elas se defrontam, como foi e ainda é o caso da Alemanha deste a Segunda Guerra Mundial, com a tarefa sem precedentes de assegurar a legitimidade e o futuro das suas políticas emergentes, buscando maneiras de comemorar e avaliar os erros do passado.
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Com frequência crescente, os críticos acusam a própria cultura da memória contemporânea de amnésia, apatia ou embotamento. Eles destacam sua incapacidade e falta de vontade de lembrar, lamentando a perda da consciência histórica.
A acusação de amnésia é feita invariavelmente através de uma crítica à mídia, a despeito do fato de que é precisamente esta que faz a memória ficar cada vez mais disponível para