Recensao livro seduzidos pela memoria
O autor deste livro é Andreas Huyssen, nascido em 1942, doutorou-se em 1969 na
Universidade de Zurique e foi docente, desta data até 1986, na Universidade de WisconsinMilwaukee, Estados Unidos. Desde 1986 ensina Literatura Comparada e Alemã na
Universidade de Columbia, também neste país. Nesta, fundou o Centro de Literatura
Comparada e Sociedade e encabeça o Conselho Editorial do New German Critique, periódico de estudos germânicos. É autor de inúmeros ensaios e entre os seus livros mais conhecidos estão After the Great Divide: modernismo, mass culture, postmodernism (1986), Twilight
Memories: marking time in a culture of amnesia ( 1995), e Memórias do modernismo (1996). É também co-director do New German Critique: an interdisciplinary jornal of german studies.
“Seduzidos pela memória” é constituído por quatro ensaios com os títulos: Passados presentes: mídia, política, amnésia; Sedução monumental; Monumentos e memória do holocausto: numa idade de mídia; Os vazios de Berlim.
O livro é como uma crítica da cultura da nossa sociedade, marcada pela vivência pósditadura e pelo dilema entre memória e esquecimento, e a sua expansão global a partir da queda do muro de Berlim.
Huyssen inicia sua obra mostrando que a partir da década de 1980 um foco onde o futuro se fazia predominante se trasladou para o crescente interesse pelos dias que já se passaram: seria a transição dos “futuros presentes” em direcção a certos “passados presentes”. Segundo Andreas Huyssen os homens contemporâneos empenham-se na literatura memorialística e confessional, na restauração de centros urbanos, na elaboração de documentários, no registro da vida pessoal pelas câmaras de vídeo, na comercialização da nostalgia. Tudo fenómenos que apontam para “a emergência da memória como uma das preocupações culturais e políticas centrais das sociedades ocidentais”, caracterizando “uma volta ao passado que contrasta totalmente com o privilégio dado ao futuro,