A PROBLEMÁTICA DA MEMÓRIA E A CONSTRUÇÃO DA IDENTIDADE E DAS POLÍTICAS PÚBLICAS COMO FORMA DE RESSARCIMENTO DA DIGNIDADE
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A PROBLEMÁTICA DA MEMÓRIA E A CONSTRUÇÃO DA IDENTIDADE E DAS POLÍTICAS PÚBLICAS COMO FORMA DE RESSARCIMENTO DA DIGNIDADERESUMO
O presente trabalho tem como objetivo esclarecer o uso da memória na sociedade contemporânea evidenciando o modo com que esta faz o uso do passado e das cicatrizes deixadas pelos chamados passados sensíveis¹. Através dele será possível compreender iniciativas governamentais ligadas à minorias sociais e esclarecer o uso do passado e a forma com que este “seduz” as sociedades atuais.
INTRODUÇÃO
Segundo o Dicionário Aurélio, HISTÓRIA é uma ciência cujo objeto é o estudo da estruturação e evolução das sociedades humanas através da investigação dos fatos econômicos, políticos e ideológicos e de suas relações; o conceito de MEMÓRIA é a capacidade de recordar o que foi vivido (AURÉLIO, 2º edição. São Paulo, 2008.). Partindo destas premissas, analisaremos as obras apresentadas em nossa bibliografia, dando ênfase a forma com que a memória é vista pelas sociedades modernas e como estas dão origem a políticas públicas que visam a reestruturação da dignidade de comunidades e/ou minorias que antes sofreram com a desigualdade e com o preconceito e que hoje contam com a tentativa, ainda que falha, do Estado em recompensá-las pelos males causados.
DESENVOLVIMENTO
Com o advento da modernidade, surgiram novas formas de interação no mundo, criando assim uma dicotomização: ao mesmo tempo em que aproximava as pessoas, as afastava (isto porque, apesar de estarem fisicamente umas próximas as outras, as relações pessoais eram – e são – praticamente nulas). Todo este processo deu origem à uma aceleração temporal, onde o contato face a face ficava cada vez mais restrito, para que o mundo moderno e capitalista dispusesse de todo o tempo possível para alcançar ainda mais lucro.
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Passados sensíveis é uma expressão usada em “Memória e reconhecimento: notas sobre as disputas contemporâneas