Parâmetros Botânicos para produção de plantas Medicinais
INTRODUÇÃO
A utilização de plantas pelo homem reporta-se aos primórdios da civilização, entre as quais as plantas medicinais estão diretamente ligadas à história da humanidade e da própria medicina, envolvendo aspectos do conhecimento e de conceitos desenvolvidos por diferentes sociedades em relação ao potencial do mundo vegetal a que tem acesso, resultando em sistemas de saúde próprios e, por conseguinte, formas específicas de uso das plantas (Lemos et al., 2003).
O gênero Plectranthus, do grego plectron (espora) e anthos (flor), pertence à família Lamiaceae (Labiatae) e abrange mais de 350 espécie (Lukhoba et al., 2006). Diversas espécies deste gênero são aromáticas e pela beleza das flores ou da arquitetura vegetal são cultivadas como ornamentais (Ascenção et al., 1999). Em geral as espécies com sabor amargo, similar ao boldo do Chile (Peumus boldus), são denominadas popularmente de boldo (Schipper, 1999).
Entre as espécies da família Lamiaceae (Labiatae) denominadas boldo, Plectranthus neochilus e Plectranthus ornatus tem amplo uso popular para fins medicinais, sendo consideradas similares à espécie Plectranthus barbatus, embora nenhuma destas espécies disponha de estudos agro-farmacológicos mínimos suficientes.
Plectranthus neochilus Schltr., comumente denominada boldo, boldo-gambá, boldo rasteiro, boldo cheiroso ou boldo pequeno no Brasil, é uma erva aromática, perene, rasteira, ramificada, empregada na medicina popular para fins de insuficiência hepática e dispepsia, utilizadas como infuso ou extrato aquoso (Lorenzi e Matos, 2002).
A espécie P. ornatus é uma planta aromática, decumbente, perene e porte herbáceo em cerca de 30 cm, com ramos suculentos e livres na base, cobertos com pelos glandulares. Estudos indicam atividade antioxidante de seu óleo essencial apresenta (Albuquerque et al., 2003) e presença de vários alcalóides (Rijo et al., 2002; 2007), sendo utilizada na medicina