A Religião dos Incas
A história e a religião das antigas civilizações que habitaram a região andina do Império Inca - territórios que hoje constituem parte do Peru, Bolívia, norte do Chile e noroeste da Argentina - só podem ser remontadas através de ruínas de monumentos, achados arqueológicos e relatos de homens que participaram da conquista espanhola. Pesquisas mais recentes revelaram que existiram duas grandes “expansões culturais” pan-peruanas antes dos incas. Essas “expansões culturais” foram classificadas pelos arqueólogos como Horizonte de Chavin e Horizonte de Tiahuanaco. A vida humana nas regiões do antigo Peru data de 10 000 anos atrás, porém, só em meados do ano 1 000 a.C é que se desenvolveu uma cultura rica e complexa. A primeira declaração de um pensamento comum a diversas tribos peruanas foi a área Chavin ser regida por um “deus” com corpo de jaguar ou de puma, acompanhado por serpentes e condores, também foi o primeiro estilo pan-peruano. A mais importante ruína descoberta em Chavin de Huantar é a de um edifício denominado Castelo, provavelmente um templo ou local de peregrinação, pois não há vestígios de população nas suas proximidades. No planalto setentrional podem ser encontrados vestígios de duas culturas provavelmente contemporâneas ao Horizonte de Chavin, nomeadas Recuay e Huaraz. Com um sacerdócio organizado, possivelmente comandando o poder político, a religião foi enriquecida por inúmeras divindades, basicamente antropomórficas. Registros da “civilização mochica” em cerâmicas pintadas, mostram alguns aspectos da sua vida, possivelmente religiosa. Nessas pinturas, os sacerdotes se destacam, o que nos faz supor que essa civilização pertencia a uma sociedade de regime teocrático-sacerdotal. O outro grande “horizonte” pan-peruano anterior aos incas, Tiahuanaco, teria progredido entre os anos 500 e 1 000 a.C. Aproveitaram o melhor da herança Chavin e difundiram o “deus felino” no planalto meridional. Também não foram