Partidos políticos da época de Jesus sec I
Fariseus (os separados):
Era o partido mais influente e mais numeroso. A esta classe pertencia a maioria dos escribas, intérpretes profissionais da lei. Os fariseus eram severos na interpretação e cumprimento da lei de Moisés, e hostis às influências estrangeiras.
Os fariseus, diferentemente dos saduceus, criam na ressurreição (Mt 22.23) e em anjos (At 23.8). Embora não ocupassem posições de maior autoridade como os saduceus, tinham o povo do seu lado, e por isso, na prática, tinham mais poder do que estes.
Saduceus (justos):
Eram a aristocracia rica, que ocupava as posições de autoridade secular; de suas fileiras eram escolhidos os sumo sacerdotes. Abertos à helenização, aceitavam a lei de Moisés, mas favoreciam uma interpretação mais frouxa da mesma, rejeitando as tradições dos escribas. Não acreditavam na providência de Deus (milagres), nem na imortalidade, nem na existência dos anjos.
Essênios:
Não são mencionados no NT. Sua existência ficou comprovada com a descoberta em 1947 dos Manuscritos do Mar Morto. O nome “essênio” vem de uma palavra hebraica que significa “pio”, “santo”. Praticavam um ascetismo e isolamento rigorosos, e se dedicavam a reproduzir os escritos do Velho Testamento e a fazer seus próprios comentários dos mesmos.
Zelotes:
Representavam o partido de extrema esquerda dos fariseus. Estavam mais interessados na política do que na religião, buscando a independência e autonomia da nação mais do que qualquer outra coisa. Segundo Josefo (Antiguidades 18:1), seu fundador foi Judas de Gamala (Judas, o galileu - At 5:37), que incitou os judeus a rebelar-se contra o império quando do censo para fins tributários em 6 a.C. (feito por Quirino, governador da Síria). Foram eles, até certo ponto, que precipitaram a guerra civil de 66 d.C., que resultou na destruição de Jerusalém. Eram fanáticos e sua facção mais extrema eram os sicários. O NT os menciona em Lc