Parques Urbanos no Brasil
No Brasil os primeiros grandes parques foram construídos após a vinda da família real portuguesa, sendo inicialmente bastante elitizados. O estilo (estética, estrutura) brasileiro de criar parques foi influenciado por tendências do estilo norte americano e europeu, porém esteve ligado a necessidades diferentes. Enquanto que nos EUA e na Europa os parques surgem da urgência de se atender as necessidades da massa urbana das cidades do século XIX, no Brasil eles vieram a ser “figura complementar ao cenário das elites emergentes, que controlavam a Nação e procuravam construir uma configuração urbana compatível aos modelos ingleses e franceses” (BOVO, 2008, p. 75).
Vista parcial do Parque do Lago em Campo Mourão- PR. Foto: LIMA, 2011.
Nas décadas de 1920 e 1930 ocorreu grande crescimento dos espaços urbanos e os parques passaram a ser mais democráticos, sendo frequentados por pessoas de diferentes classes sociais, além de apresentar um estilo mais nacionalista.Segundo Bovo (2009, p. 73) no decorrer do século passado a criação de sistemas de parques urbanos foi ganhando cada vez mais importância, sendo que grande parte destas propostas previam que as “cidades do futuro os espaços livres públicos não seriam somente para o lazer da população, mas para a criação de cidades urbanizadas e saudáveis”.O primeiro parque urbano do Brasil foi o passeio Público do Rio de Janeiro, criado em 1783, ainda na época do Brasil Colônia. Um século depois (1875) este mesmo parque foi totalmente reformulado por Auguste François Glaziou, nos moldes dos parques românticos franceses e transformou-se em um local privilegiado de lazer e ostentação para as elites da então capital brasileira.Glaziou engenheiro e botânico formado em Paris, vem ao Brasil em 1858 a convite do Imperador D. Pedro II e permanece no país até 1897. Com seus projetos de parques como o Campo de Santana, os Jardins do Palácio do Catete e da Quinta da Boa Vista, no Rio de Janeiro, o Jardim do