A leitura e a formação docente
É certo que a leitura acadêmica na formação docente, tem um papel inquestionável e que o ato de ler é essencial a essa profissão dessa maneira destacamos inicialmente o prazer de ler, sensação que poderá dividir bons e maus leitores. Não estamos aqui tratando somente da leitura de ficção, possibilitada pelo texto literário, mas também do prazer que é aprender algo através desse ato para tornar-se, assim, uma pessoa mais instruída e mais bem informada na vida pessoal e profissional.
Conforme Freire (1993), Smith (1999), Ruiz (1985), Campos Júnior (2003), Cavalcante Júnior (2005a, 2005b) e Pinheiro (2006) afirma que a leitura permite o conhecimento do mundo, o acréscimo da criatividade e do senso crítico, o aprimoramento da percepção e do raciocínio, a imunidade das manipulações oriundas da comunicação pela imagem veiculada pelos meios de comunicação, a facilidade para expressão oral e escrita e a capacidade de monitoramento da compreensão de aspectos gramaticais e de textualidade, da percepção das atitudes e intenções do escritor do texto.
Outro fator que merece ênfase com relação à formação docente é a leitura como ferramenta para a melhoria da prática profissional, denominada por nós de leitura acadêmica. Assim, sendo o professor um leitor ávido, ele poderá, através de leituras de textos acadêmicos, transferir o material lido para sua prática pedagógica e deixar de ser apenas um repetidor de conteúdos prontos para tornar-se um profissional mais crítico, capaz de questionar o mundo que o rodeia e também as leituras praticadas.
Essa capacidade crítica se integra à “inteligência do mundo”, à inclusão crítica do mundo à medida que, de acordo com Freire (1993, p. 11), ler o mundo é estudar o significado daquilo que nos rodeia. Ou seja, é aprender o valor social e afetivo da nossa realidade e unir a experiência da realidade de que ela fala.
Assim podemos afirmar, conforme Cavalcante Jr. (2005a), que a leitura do mundo incide a ser um convite para