parque industrial
Governo Dutra - Aliança com o capital internacional
O governo do general Dutra representou alinhamento do país com os Estados Unidos dentro do quadro internacional da guerra fria. A influência norte-americana trouxe como conseqüência a abertura econômica às empresas multinacionais dos EUA e também a ruptura de relações do Brasil com a URSS dentro do conceito de segurança do hemisfério ocidental atlântico. Em seguida, foi decretada a ilegalidade do Partido Comunista Brasileiro (1947).
No plano interno, o governo Dutra procurou reduzir a intervenção do Estado na economia, enquanto fracassava no propósito de estabelecer uma política econômica baseada na saúde, alimentação, transporte e energia: o famoso Plano Salte, que ficou sem aplicação. No entanto, conseguiu ampliar a acumulação de capitais, adotando inclusive modelo agroexportador, enquanto o país passou a importar equipamentos ferroviários, artigos de plástico, automóvel e equipamentos de televisão, com a implantação das primeiras emissoras em 1950.
O governo empreendeu uma "política de conciliação nacional", que se traduzia na divisão de poderes entre os grupos oligárquicos e as forças consolidadas com a Revolução de 30, o setor urbano industrial e também representantes das camadas sociais em ascensão. O controle sobre as representações sindicais permaneceu, com mais de 180 intervenções estatais no sindicato nesse período.
Getúlio Vargas: a preparação da volta
A abertura ao capital estrangeiro limitava a ação do estado e dificultava o crescimento industrial de setores da economia nacional. Setores da burguesia fabril, ideólogos do nacionalismo de seguimentos das classes médias urbanas desejavam a volta de Getúlio. O ex-ditador possuía também apoio popular, graças a sua imagem de "pai dos pobres".
O retorno de Getúlio significava a retomada de um desenvolvimento sob o patrocínio do Estado com uma política de