Parecer Antropológico
Carlos Alberto Marinho Cirino
Resumo: Em atenção a Associação dos Povos Indígenas da Terra São Marcos/APITSM e a Comunidade Indígena Ouro Preto, solicitando um parecer antropológico sobre a utilização de madeira morta para produção de carvão e demais objetos fáticos que atinge o entorno de onde se localiza essa comunidade, apresento as observações resultantes do trabalho de campo realizado em 06 de abril de 2013 e um parecer do caso em tela.
Município de Pacaraima, Terra Indígena São Marcos, Comunidade Ouro Preto e Nova Morada.
Saímos de Boa Vista por volta das 06h30min num transporte do Ministério Público Estadual. Acompanhava-me o Procurador do Ministério Público Estadual do Estado de Roraima e professor Dr. Edson Damas da Silveira. Conduzia o veículo o servidor do mesmo Ministério. Ainda no perímetro de Boa Vista apanhamos o Coordenador da Associação dos Povos Indígenas da Terra São Marcos/APITSM, responsável em nos conduzir até aquela comunidade. Atingimos a cidade de Pacaraima, aproximadamente, depois de duas horas de viagem. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatístico-IBGE de 2010, o município possui uma população estimada em 10.433 pessoas, representando uma densidade territorial (Km2) de 8.028,483. O censo de 2000 estimava uma população de 6.989, dado que considerando o último censo representa um aumento na densidade demográfica de 66% num interstício de dez anos.
A sede do município está localizada na fronteira com a República Bolivariana da Venezuela, dista, aproximadamente, 220 Km da cidade de Boa Vista, Estado de Roraima. O acesso se dá pela BR 174, rodovia que liga Manaus até a dita fronteira. Segunda ainda o IBGE, a Vila que deu origem sede do município, anteriormente denominada de BV8,