Parece at um paradoxo
O problema está em qualquer obra de engenharia civil geotécnica no Brasil, desde um muro de arrimo ou fundação de uma casa; a uma mega obra como esta, em que pesem as magnitudes das conseqüências.
Pergunto inicialmente: o acidente em questão foi causado por uma “falha por desconhecimento” ou pela “omissão do conhecimento”, ou seja, deixou-se de usar algo já existente e disponível?
Devemos nos conscientizar de que o ERRO existiu por termos inconscientizado o CONHECIMENTO já existente. Isto é, a falha ou inadequabilidade da seqüência técnica dos procedimentos da engenharia civil geotécnica, conforme destacaremos a seguir, não foi fruto do desconhecimento da engenharia mas sim de terem “inconscientizado” o conhecimento já existente, por força do Poder Econômico e ou Político.
Para tanto, vamos detalhar a seguir as fases da seqüência técnica correta e já aceita e desenvolvida, conforme usado nos países mais evoluídos e preocupados com a humanização e com as conseqüências da engenharia moderna.
Fase I - Sondagens e Ensaios
As Investigações Geológicas e Geotécnicas (IGG) definem as camadas existentes no subsolo de uma determinada obra, bem como o comportamento dos solos destas camadas levando em consideração a obra a ser ali implantada. Este procedimento é obrigatório em qualquer tipo de obra.
A economia feita sem sabedoria nesta fase do empreendimento, como já foi comprovado, pode levar muitas vezes ao insucesso. As IGG’s devem ser tidas como investimento e não como custo. Pois, quanto mais as IGG’s nos trazem a “realidade” sobre a distribuição das camadas do subsolo e o comportamento destes solos pode-se afirmar que mais