PARCELAMENTO DO SOLO URBANO
TEMA: PARCELAMENTO DO SOLO URBANO: UMA ABORDAGEM SISTÊMICA
Mariel Lima de Oliveira, Armando Carlos de Pina Filho.
1 – Introdução A cidade, analisada como um organismo composto de um conjunto de diversidades produzidas por vários agentes interventores.
Essa abordagem se baseia na ideia de que um objeto de estudo possui muitas dimensões e facetas que podem ser estudadas por várias ciências e que conceitos e princípios vindos de diferentes ciências podem ser empregados no estudo e compreensão de um fenômeno por determinada ciência.
As bases da abordagem sistêmica no estudo das cidades são lançadas por Brian McLoughlin, em seu livro “Urban & regional planning”. Segundo ele, a cidade é um sistema composto por partes (as atividades humanas e os espaços que as suportam) intimamente conectadas (fluxos e canais de circulação). Por isso, para intervir nesse sistema não é mais suficiente o enfoque exclusivamente espacial dos arquitetos (segundo sua visão), dominante até então. Ao contrário, é necessário reconhecer o caráter dinâmico e sistêmico das cidades.
Partindo desse argumento, McLoughlin propõe uma sequência de etapas que devem ser seguidas durante o processo analítico de planejamento e que, ao contrário da tradição arquitetônica, não acaba com a seleção das ações a serem implementadas (ou, no caso dos arquitetos, com o projeto físico da área).
2 - A ESTRUTURAÇÃO URBANA E O PARCELAMENTO DO SOLO.
O parcelamento do solo se configura como o principal instrumento de estruturação da cidade e o espaço criado por sua implantação, o loteamento, mantém sua estrutura por muito tempo.
O fato de se estar projetando o espaço do futuro, ao planejar o parcelamento do solo, a maioria das vezes ainda rural, que se incorporam ao espaço urbano em forma de loteamento, impõe a responsabilidade de se garantir um espaço de qualidade.
O urbanista que projeta esse espaço não deve se limitar ao tratamento estritamente técnico do parcelamento, mas