Paralisia cerebral
Avanços nos estudos da anatomia patológica, avanços da genética médica desde a etiologia até a evolução clínica e os estudos por imagem contribuíram para o esclarecimento da Paralisia Cerebral e permitiram ampliar o conhecimento do aspecto morfológico e funcional do cérebro lesado em idade precoce, trazendo perspectivas importantes nos casos de Paralisia Cerebral.
A Paralisia Cerebral não é doença, nem condição patológica ou etiologia e esse termo não sugere causa ou gravidade. O termo denota uma série heterogênia de síndromes clínicas. O diagnóstico dessas síndromes é essencial, pois envolvem programas de tratamento e prognósticos específicos.
2.HISTÓRICO
A Paralisia Cerebral (PC) foi descrita em 1843, quando Willian John Little estudou 47 crianças, portadoras de rigidez espástica. O termo “Paralisia Cerebral” foi introduzido por Freud, em 1853, que unificou as diversas manifestações clínicas da Paralisia Cerebral numa única síndrome.
Phelps generalizou o termo PC para diferenciá-lo do termo paralisia infantil, causado pelo vírus da poliomielite. Little (1862) acreditava que a etiologia nos casos descritos estava ligada a circunstâncias adversas ao nascimento e suas pesquisas biomecânicas investigaram se os padrões básicos para realizar certos atos cotidianos, como andar, pegar objetos, estão presentes na criança com PC, visto que a presença ou ausência, na época do nascimento, possivelmente tem relação com idade gestacional na qual ocorre a lesão do cérebro.
Atualmente, pesquisas científicas nas crianças com Paralisia Cerebral demonstram que a fisioterapia precoce, incluindo o treinamento intensivo de atos específicos, proporciona resultados positivos.
Nas últimas décadas, trabalhos científicos sinalizam que os fatores de risco maternos ou problemas nas gestações contribuem para o trabalho de parto complicado, levando a uma anóxia perinatal e/ou índice de Apgar baixo, com um quadro de encefalopatia hipóxico-isquêmica, que é