Paralisia cerebral
A paralisia cerebral é “tida como uma incapacidade neurológica causada por uma lesão nos centros motores do cérebro”. (LIMONGI, 1998, p. 39). A lesão no cérebro não acarreta somente uma perda de controle muscular funcional, mas também provoca alterações do sistema sensorial da pessoa. Essas alterações devem acontecer até os dois anos de idade, que é a fase mais importante da maturidade neurológica, na qual, também, ocorrem as principais aquisições motoras e perceptuais. Temos de considerar que a lesão no cérebro não é progressiva. “Os primeiros sintomas são geralmente os de uma parada ou retardo, com retenção das sinergias primitivas e totais da primeira infância”. (Crothers e Paine, 1959; Paine, 1960, 1964; Paine e Oppé, 1966 apud BOBATH, [19––], p. 74). A paralisia cerebral pode surgir nas fases pré, peri ou pós- natal. Na fase prénatal, os riscos mais frequentes estão relacionados às doenças infecciosas da mãe, como a rubéola e a toxoplasmose. Na fase peri-natal, o risco maior está na complicação do parto, com a anóxia cerebral, prematuridade e a asfixia por obstrução do cordão umbilical. E, os riscos na fase pós-natal se dão com as infecções no sistema nervoso central, como as meningites, as encefalites e os traumatismos cranioencefálicos causados por acidentes graves (MELO, 2008). A incidência de crianças nascidas vivas com paralisia cerebral nos países desenvolvidos, considerando todos os possíveis níveis de comprometimento, pode estar na ordem de 7