Crise de 1383
Deste modo, a agricultura deixa de ser uma atividade promissora e muitos camponeses partem para as cidades em busca de melhores condições de vida. Com a diminuição drasticamente a mão-de-obra agrícola, surgem algumas negociações entre os poucos camponeses que ainda cultivavam e os donos das terras.
Para além disso, a Peste Negra, altamente contagiosa, tinha chegado em força às terras Lusas e estava a matar grande parte da população portuguesa.
Deste modo, Portugal enfrentava problemas a nível económico e social, mas como e não basta-se, D. Fernando travava constantemente guerras com Castela, pois considerava ter direito ao trono vizinho uma vez que era neto de D. Sancho IV. Guerra esta que apenas trouxe problemas políticos a Portugal.
Com o intuito de apaziguar o ambiente com Castela, D. Fernando assina um tratado de Paz que implicava o casamento de D. Beatriz, sua filha, com D. João I de Castela. Porém, neste tratado, D. Fernando, deixou escrito várias hipóteses relativas à sucessão do trono português, de modo a não comprometer a independência de Portugal. (Alfredo Pimenta, 1946)
Nesse mesmo ano (1383), D. Fernando morre e assim surge o grande problema da sucessão, pois D. Beatriz não podia reinar e D. Fernando não tinha deixado nenhum filho (que só poderia ser aclamado rei após ter 14 anos).
Assim, enquanto D. Beatriz não tivesse um filho a pessoa responsável pelo reino era D. Leonor Telles “ou em falta desta, quem D. Fernando ou ela declarassem em seus testamentos” (Alfredo Pimenta, 1946).
Com isto, a população que já não andava satisfeita com toda a crise que o país atravessava, desaprovaram de todo a ideia de ser D. Leonor de Telles a assumir o poder, pois esta tinha como conselheiro um conde