Paralelismo Psicofísico
Gustav T. Fechner (1801-1887)
Trechos de FECHNER, G.T. (1966), Elements of psychophysics, vol. I, trad. H.E. Adler, Holt, Rinehart & Winston, New York,
Prefácio e Cap. I (orig. em alemão: 1860). Seguidos de trechos do estudo de HEIDELBERGER, M. (2004), Nature from within:
Gustav Theodor Fechner and his psychophysical worldview, trad. C. Klohr, U. Pittsburgh Press, cap. 5 (orig. em alemão:
1993). Este capítulo foi publicado como artigo, disponível na internet: “The mind-body problem in the origin of logical empiricism: Herbert Feigl and psychophysical parallelism”.
Gustav Theodor Fechner, pintado por seu irmão
Eduard Clemens Fechner, em 1848.
Tradução para o português feita por Osvaldo Pessoa Jr., para o curso de Filosofia e História da Ciência Moderna (FLF0449),
1o semestre de 2012.
Talvez o leitor espere aqui uma declaração da posição que este trabalho adota com respeito ao materialismo e ao idealismo, e também com respeito à questão básica da religião, na qual toda investigação da relação entre corpo e mente deve necessariamente tocar. Com relação ao primeiro problema, esta investigação não se propõe a assumir uma posição na controvérsia sobre a relação básica entre cérebro e mente, uma questão que divide materialistas e idealistas. As implicações e consequências desta investigação não serão enviesadas em nenhum dos dois sentidos, pois este trabalho considera a relação empírica entre os dois lados da existência como uma relação funcional, que por si mesma exclui a ênfase em um dos lados (FECHNER,
[1860] 1966, p. xxx).
[...] O que para você aparece como sua mente, a partir da perspectiva interna, onde você próprio é esta mente, por outro lado aparecerá da perspectiva externa como a base material desta mente. Há uma diferença entre pensar com o cérebro e examinar o cérebro de uma pessoa pensante. Estas duas atividades parecem ser bem diferentes, mas os pontos de vista também são bem diferentes, pois