ESTRUTURALISMO
Ao fundar a Psicologia Estrutural, Edward Bradford Titchener (1867-1927), marcou a clara e
decisiva divisão entre a Psicologia estruturalista, de Wundt, e a funcionalista, com Franz Brentano
(1838-1917) na Europa e William James (1842-1910) na América (Figueiredo, 2002).
Titchener, preocupado com o pragmatismo que a compreensão funcionalista passara a enfatizar,
quando desenvolvida em solo americano, defendeu a prioridade do estruturalismo por meio de um
projeto que considerava tarefa fundamental da Psicologia, isto é, a análise da consciência em seus
elementos, na direção de determinar sua estrutura.
Segundo Gondra (1997), o estruturalismo, ao se ocupar das estruturas mentais, pretendia
determinar os elementos constitutivos da consciência. Para tanto, a Psicologia deveria decompor as
experiências complexas em elementos mais simples, a fim de definir, com precisão, a sua natureza.
Tais elementos deveriam ser classificados, dando origem às leis de associação que expressariam as
relações regulares existentes entre eles. Essas relações explicariam as conexões entre os processos
da consciência e os processos paralelos do sistema nervoso. Assim, “a explicação psicológica se limitava
à descrição das relações funcionais entre a experiência psicológica e o sistema nervoso, evitando as afirmações
causais” (Gondra, 1997, p.29).
Desta maneira Tichener evitou o reducionismo e se manteve dentro do paralelismo psicofísico,
como fica claro na definição que apresenta para a Psicologia: “na Psicologia tratamos o mundo total da experiência
humana; porém o fazemos somente desde seu aspecto dependente, enquanto condicionado por um sistema nervoso”
(Titchener, 1910, p.25). Começou, então, a desaparecer a concepção do homem como “unidade psicofísica”
e, em seu lugar, surgiu o “paralelismo psicofísico”, que defendia a idéia de que os atos mentais ocorrem
concomitantemente aos processos fisiológicos. Para isso,