Paracetamol
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Entretanto, após a ingestão de altas doses de paracetamol, o metabólito é formado em quantidades suficientes para provocar a depleção da glutationa hepática, contribuindo para os efeitos tóxicos da overdose medicamentosa
3 EFEITOS TÓXICOS PROVOCADOS PELO PARACETAMOL
O paracetamol é considerado um medicamento seguro, se não forem ultrapassadas as doses terapêuticas de cerca de 4g/dia. Em adultos, pode ocorrer hepatoxicidade após a ingestão de uma única dose de 10 a 15g (150 a 250mg/Kg), doses de 20 a 25g são potencialmente fatais. Condições em que há indução do CYP (p. ex., consumo exagerado de álcool) ou depleção dos GSH (p. ex., jejum ou má nutrição), aumentam a suscetibilidade à lesão hepática, embora incomum, com doses situadas na faixa terapêutica.
O efeito adverso agudo mais sério relacionado a overdose por paracetamol é uma necrose hepática centrolobular geralmente fatal. Necrose tubular proximal renal e coma hipoglicêmico também podem ocorrer (GILMAN, 2006).
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Na intoxicação em gestantes, o paracetamol atravessa a barreira placentária e como as células do feto são capazes de o metabolizar, há o risco de overdose fetal. No entanto quando ingeridos em doses terapêuticas, não apresenta riscos (TEIXEIRA et al, 2006).
O mecanismo pelo qual a overdose de paracetamol acarreta lesão e morte hepatocelular envolve na sua conversão ao metabólito tóxico NAPQI. As vias de conjugação com o glicuronídio e sulfato saturam-se, e quantidades crescentes sofrem N-hidroxilação mediada por CYP para formar NAPQI, que é eliminada rapidamente por conjugação com os GSH e então