Papel
DO PAPEL
FAOP / curso Técnico de Conservação e Restauro Julho de 2014 – Módulo I / Turma XXXIII
Disciplina: Conservação e Restauração de Papel
Docente: Williene Nascimento
Discente: Gabriel Ramos, Ernesto Alves, Marcelo Fernando
As fontes da celulose
A celulose é extraída principalmente da madeira, tendo o eucalipto como principal fonte, mas também podendo ser extraída de outras espécies, como o pinho, o abeto, ou do talo de algumas plantas herbáceas, como a cana-de-açúcar, gramíneas e juncos.
Outros tipos de fibras vegetais também podem ser utilizados, como do algodão, da juta, do cânhamo, do rami e do linho.
Processo de fabricação do papel
Criado na China, há 105 a.C., a partir da casca da amoreira, restos de roupa e redes velhas, criou-se o princípio básico que é usado até hoje na fabricação do papel.
A partir de troncos de árvores, extrai-se a celulose e a mesma passa por vários processos até chegar ao papel que conhecemos:
Picagem – as toras são processadas e transformadas em cavacos. Os cavacos são transferidos a uma máquina chamada digestor, e cozidos a uma temperatura de 170°C por duas horas, separando a celulose dos outros componentes da madeira. Do digestor, sai a poupa, de cor parda, conhecida como celulose não branqueada. Essa poupa dá origem ao papel kraft, utilizado na confecção de sacos e embalagens.
Branqueamento – Para fabricar papéis brancos e coloridos, a celulose precisa ser branqueada com produtos químicos e alvejantes. Por muito tempo, esses alvejantes eram feitos com produtos à base de cloro, que quando utilizado em grande quantidade, tornavam-se altamente poluentes. Há empresas que utilizam processos em que o cloro é substituído por ozônio ou dióxido de cloro, gerando a pasta de celulose. A pasta é prensada, cercada e cortada em folhas espessas. Essas folhas são trituradas em um megaliquidificador, chamado Hidrapulper, que desagrega os fardos, transformando-os em uma papa que corre por tubos em movimento.