Papel do estado
Werner Baer
O autor aborda que o papel do estado na economia brasileira não é resultado de uma pesquisa complexa e minuciosamente detalhada, mas sim de um longo processo histórico que fez o estado brasileiro se adaptar as mudanças do cenário nacional e internacional. As mudanças definiam o alcance do estado na economia.
Em um segundo momento ele analisa historicamente a evolução do estado na economia brasileira, dividindo em cinco estágios, tendo inicio na época colonial. O primeiro estágio compreendia a economia brasileira na época imperial do século XIX e também o período conhecido como República Velha. O autor verifica que o estado imperial é o defensor supremo da economia, todas as atividades sejam comerciais ou produtivas deveriam obter licenças especiais, concessões de monopólios ou privilégios comerciais, ou seja o Estado não tinha apenas o papel de financiador, ele atuava em toda as atividades industriais, comerciais e de serviços públicos concedendo privilégios e retorno garantido as empresas estrangeiras que criariam infra-estrutura. O estado buscava obter receitas por meio tarifário, em raras vezes proteger a industria que germinava era considerado. O único setor em que o estado tinha participação direta era o financeiro, com o Banco do Brasil, que exerceu muitas funções de banco central até 1964. A partir da virada do século começam a surgir bancos comerciais estaduais com o objetivo principal de auxiliar a produção agrícola oriunda desses estados, vê-se também o processo de nacionalização da malha ferroviárias pois o governo encontrava-se em um dilema de garantir as taxas de retorno aos empresários e tarifas justas aos olhos da sociedade, essas taxas de retorno tornara-se onerosas aos cofres públicos e conclui-se que a compra de várias dessas empresas com recursos de empréstimos exteriores seria uma solução mais viável, pois além de não precisar garantir mais as taxas de retorno aos