Papa Doc
François Duvalier, mais conhecido como Papa Doc (nasceu em Porto Príncipe, 14 de abril de 1907 e morreu com 64 anos em Porto Príncipe, 21 de abril de 1971, Haiti) foi um médico e ex-ditador do Haiti. Foi eleito presidente daquele país em 1957, onde instaurou um governo baseado no terror promovido pelos tontons macoutes, que significa Bichos-papões, em português, que pertenciam à sua guarda pessoal; e também na exploração do Vodu, uma prática mística muito popular no Haiti proveniente da África.
Na década de 1960, Papa Doc exterminou suas oposições e desafetos e começou sua perseguição à igreja Católica, que perdurou até sua morte. Em 1964, quando reescreveu a constituição, decretou sua presidência vitalícia.
Antes de chegar à presidência, em 1957, era tido na política como um sujeito passivo e brando, a tal ponto que os que lhe apelidaram com Papa Doc o fizeram porque notaram o quanto ele era afetivo ao cuidar de pacientes camponeses (como um papai doutor). Mas logo que assumiu o poder, para a surpresa de todos, se transformou num vingativo ditador e massacrou aqueles que poderiam tirá-lo de alguma forma do poder. A oposição que sobrou era nitidamente controlada por Papa Doc.
Os editores dos principais jornais e donos de emissoras de rádio daquele país foram presos, logo que Doc assumiu o poder. Em dois anos de governo, conseguiu castrar completamente qualquer foco de oposição ou resistência provenientes da polícia e do exército, criando seu próprio exército, a guarda Draconiana.
Deu ordens para a produção regular de panfletos informativos, onde, dentre outras informações, designava-se Deus.
Criou também uma taxa obrigatória para a população para a construção da Duvalierville, a cidade de Duvalier, altamente ostentatória. O dinheiro desta taxa foi irrisoriamente aplicado na construção daquela cidade, indo parar mesmo nos cofres de Duvalier.
Expulsou todos os Bispos e outros representantes católicos do País, colocando em seus lugares aliados