A Cultura do Haiti possui raízes com características marcantes da região oeste da África, além de ser influenciada pela França devido à sua colonização, como é notável em sua música, religião e linguagem. A cultura também engloba contribuições adicionais do nativo Taino e imperialismo espanhol. O território que atualmente corresponde ao Haiti era ocupado por índios arauaques, quando, em 1492, Cristóvão Colombo chegou à ilha. Batizaram o lugar de Hispaniola, ocupando a porção oriental do território. Os índios que habitavam na região foram escravizados, e até o final do século XVI, a população nativa foi reduzida consideralvelmente. Em 1697, através da assinatura do Tratado de Ryswick, no caso envolvendo Espanha e França, a parte ocidental da ilha, onde atualmente fica o Haiti, foi cedida à França, recebendo o nome de Saint Domingue, sendo assim a mais importante possessão francesa nas Américas, onde o cultivo de açúcar foi feito com a utilizão de mão de obra escrava africana. Porém, os escravos africanos, influenciados pela Revolução Francesa, rebelaram-se em 1791, liderados pelo ex-escravo Toussaint L’Ouverture. A abolição da escravidão ocorreu no ano de 1794 e Toussaint foi nomeado governador vitalício em 1801. Mesmo assim, uma expedição francesa encarregada de reconquistar a ilha, prenderam Toussaint, que fora enviado para França, onde morreu em 1803. Jean-Jacques Dessalines, antigo escravo, deu continuidade ao movimento de resistência, o resultado foi positivo, pois o país obteve sua independência no dia 1° de janeiro de 1804 e passou a se chamar Haiti, sendo a primeira República Negra das Américas e o primeiro país latino-americano a se declarar independente. A elite, composta por mulatos, ficou insatisfeita com a nova política instalada no país, e, em 1806, tomou o poder após o assassinato de Dessalines. O Haiti teve sua administração fragmentada, o norte ficou sob domínio de Henri Christophe, o sul foi governado por Alexandre Pétion. Somente em 1820, sob o