haiti
Atingido nos últimos anos por desastres naturais que agravaram problemas já crônicos do país, o Haiti viu milhares de cidadãos deixarem sua terra natal em busca de melhores condições no exterior. Muitos chegaram ao Brasil de maneira ilegal, por meio de coiotes, à procura de oportunidades e postos de trabalho. A chegada, no entanto, também se deu em condições difíceis. Muitos imigrantes acabaram submetidos a trabalho semi-escravo e ainda aguardam regularização de sua situação junto à Polícia Federal. Em janeiro, o secretário de Justiça e Direitos Humanos do Acre, Nilson Mourão, pediu ajuda federal para atender os haitianos refugiados no município de Brasileia.
Os estados do Amazonas e do Acre passarem a receber mais recursos para atender os imigrantes em situação de risco. O Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) autorizou o aumento no repasse que pode chegar a R$ 200 por pessoa.
Mesmo com o crescimento da demanda, o ministro das Relações Exteriores, Antônio Patriota, afastou a possibilidade de o governo ampliar a quantidade de vistos para imigrantes haitianos. Patriota manteve a meta de 1.200 para todo o ano, a fim de evitar, segundo o ministro, a ação do crime organizado.
Estes refugiados que chegam à Brasiléia estão na condição de refugiados, de imigrantes ilegais, em uma subcondição tendo de enfrentar situações adversas de sobrevivência.
A sua travessia buscou amparo da justiça, mas encontrou existencialismo. A busca destes refugiados pela dignidade tem se frustrado o que leva a permanecerem em um estado de profundo sofrimento e de desamparo diante dos olhos vendados da Justitia.