Dados Haiti
Desde o início do século 20, o Haiti caiu sob o domínio de Washington e da burguesia (principalmente financeira) norte-americana, cujos interesses eram defendidos enviando fuzileiros para realizar uma ocupação que continuou por quase 20 anos, mantida através da sangrenta repressão à resistência haitiana.
Os fuzileiros saíram apenas após a efetuação da "Haitinização" — como o New York Times se referiu na época — a guerra contra o povo haitiano pela construção de um exército dedicado à repressão interna.
Posteriormente, Washington apoiou a ditadura de 30 anos dos Duvaliers, que começou com a chegada ao poder de Papa Do,c em 1957. Enquanto dezenas de milhares de haitianos morreram nas mãos dos militares e dos temidos Tontons Macoute, o imperialismo dos EUA viu a ditadura assassina como um baluarte contra o comunismo e a revolução no Caribe.
Desde as revoltas de massa, que derrotaram os Duvaliers em 1986, sucessivos governos dos EUA, tanto Democratas quanto Republicanos, têm procurado reconstruir um estado cliente confiável capaz de defender os mercados e os investimentos das empresas dos EUA atraídas por salários de fome, bem como a propriedade e a riqueza da elite governante haitiana. Isto implica evitar qualquer tipo de desafio a uma ordem sócio-econômica que mantém 80% da população na miséria.
Passado do Haiti é marcado por influência norte-americana
A ajuda americana imediata ao Haiti traz à tona a relação complexa entre motivação humanitária e interesses próprios. A história mostra que, para os americanos, Haiti faz parte da esfera de inluência dos Estados Unidos.
Ajuda humanitária americana chegou rápido ao Haiti
A presença norte-americana no Haiti é parte da história do país caribenho: em 1804, o Haiti seguiu o exemplo dos Estados Unidos e tornou-se o segundo país no continente americano a conseguir independência do colonialismo europeu. Mas foram necessários 58 anos para que os Estados Unidos reconhecessem a independência do país caribenho.
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