Paladar
O paladar tem início na gestação e é definido na infância. Para entender os principais aspectos do comportamento alimentar é importante observar como os processos de conhecimento e preferências por novos sabores foram desenvolvidos a partir da vida intrauterina e alteradas durante cada momento da vida.
Dentro da barriga. O gosto já começa a ser percebido por volta da décima segunda semana de vida intrauterina. No final da gestação é possível ver a alteração do semblante do feto em resposta aos reflexos nervosos causados pelos componentes do líquido que o envolve - o líquido amniótico, que serve de proteção e nutrição para o bebê.
Após o nascimento. Depois do nascimento, o paladar acaba sendo um dos sentidos mais apurados e o recém-nascido já tem sua preferência por sabores doces que apresenta amido na sua composição e, portanto, é fonte de energia, o que remete a uma sensação de segurança para o consumo. Os sabores amargos, em oposição, não são bem aceitos logo cedo devido às preferências em manter relação com a segurança. O sabor salgado remete à presença de proteínas e minerais, de grande importância para o organismo. Já os sabores amargos mantêm relação com substâncias tóxicas, advertindo seu consumo e, ainda, o sabor ácido pode indicar que o alimento está estragado. A segunda experiência com os sabores ocorre com o leite materno e, neste momento, inicia-se uma experimentação infinita de sabores e proporções de volumes. Logo na primeira infância, período que vai de zero a três anos de idade, a criança come quando sente fome. Entretanto a incidência de disfunções alimentares varia entre 25 e 40% - as mais comuns são a