PADRÕES IGUALITÁRIOS DE CRESCIMENTO
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A distribuição de renda é o resultado de processos econômicos complexos. As rendas dos indivíduos dependem da renda de seus ativos e de suas próprias atividades correntes. A renda dos ativos é função da posse dos ativos e da taxa de retorno sobre os ativos; e a renda derivada de atividades correntes depende, da mesma forma, da quantidade e do retorno sobre o emprego (ou auto-emprego), sendo o retorno sobre o emprego normalmente uma função do nível de educação e habilidades do indivíduo. Para uma economia como um todo a distribuição de renda então dependerá da distribuição de ativos, da distribuição de capital humano e dos retornos para ambos. Não é, portanto de se surpreender que observemos uma ampla variação de distribuição de renda entre os países – Comparemos os contrastes, por exemplo, entre o Brasil, onde 48% da renda vão para os 10% mais ricos da população e apenas 0,8% da renda total destina-se aos 10% mais pobres, com a Índia, onde 25% da renda vão para os 10% mais ricos da população 4,1% vão para os 10% mais pobres. Esta forma de examinar a distribuição de renda indica uma constatação óbvia: grande parte de qualquer distribuição é determinada por fatores herdados do passado – particularmente o estoque e a distribuição do capital (monetário físico e humano). Assim, a menos que se envidem ações muito radicais, envolvendo a distribuição de ativos (como foram tomadas em Taiwan, Província da China; e na República da Coréia nos anos cinquenta) ou a destruição ou evasão de capital humano (como ocorreu no Camboja), não devemos esperar muitas mudanças na distribuição da renda num período muito curto de