Padre Manoel da Nobrega

542 palavras 3 páginas
Padre Manuel da Nóbrega
Acredita-se que Manuel da Nóbrega tenha nascido na região do Minho, no norte de Portugal. Estudou na Universidade de Salamanca, Espanha, entre 1534 e 1538. Acabou transferindo-se para Coimbra, onde, em 1539, obteve o título de bacharel em direito canônico. Em 1544, entrou para a Companhia de Jesus, recém-fundada por Inácio de Loyola.

Cinco anos depois, foi designado pelo provincial dos jesuítas de Portugal para acompanhar Tomé de Sousa ao Brasil. Desenvolveu um intenso trabalho missionário, do qual resultou, em 1554, a fundação do colégio do planalto de Piratininga, que foi o núcleo de onde se desenvolveu a cidade de São Paulo. Em colaboração com Anchieta, conseguiu pacificar os tamoios em 1563.
Com a fundação da cidade do Rio de Janeiro, no mesmo ano, tornou-se superior do colégio jesuíta aí estabelecido. Nóbrega escreveu cartas que são um relato detalhado da vida cotidiana na América portuguesa. A primeira carta é do início de abril de 1549. Escrita aproximadamente duas semanas após ter chegado a Salvador, traz observações sobre a moral dos habitantes da Bahia.

Logo os jesuítas iniciaram o trabalho de evangelização dos índios. Começaram com as crianças, aprendendo com eles a língua da terra. Aos adultos, pregavam contra a poligamia e a antropofagia. Para facilitar este trabalho buscaram principalmente a ajuda dos brancos que viviam na Bahia antes da chegada de Tomé de Sousa. O primeiro é o célebre Diogo Álvares Correia, o Caramuru.

A preocupação com a nudez dos indígenas levou Nóbrega a já ensaiar os primeiros passos da especificidade do cristianismo brasileiro: o que diriam "os Irmãos de Coimbra se souberem que por falta de algumas ceroulas deixa uma alma de ser cristã e conhecer a seu Criador e Senhor e dar-lhe glória?".

Para Nóbrega o problema não era a nudez dos indígenas: "Somente temo o mau exemplo que o nosso Cristianismo lhe dá, porque há homens que há sete e dez anos que se não confessam e parece-me que põem a

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