Manoel da Nobrega
Massaud relata que o Renascimento nasce a partir de informações sobre os valores da vida e da cultura medieval, com a vinda de novos tempos as novas descobertas geográficas não poderiam ser consideradas o fim da Idade Média. Se os historiadores atuais entendessem os séc XV e XVI, eles teriam mais conhecimentos verdadeiros ao referirem a Portugal que trouxe mais que qualquer outro país da Europa heranças da Idade Média, o pais manteve estruturas sócio culturais com fidelidade.
O escritor nos traz que em 1500 quando os navegadores chegaram ao Brasil eles tiveram uma maior visão do mundo medieval com os padrões da cultura. E que Pero Vaz na carta faz uma interpretação do modo pré - renascentista de um mundo novo, pois antes na Idade Média os homens tinham uma visão maior sobre Deus. Eles viviam superstições de demônios no mar, e viveram grandes perigos nas cruzadas das embarcações, mas em contrapartida eles faziam transparecer uma falsa divulgação da fé quando na verdade eles buscavam explorar, conquistar, dominar uma nova terra.
O espirito de Cruzada misturado com teologia e comercio, acabou sendo trazido para cá e marcando a progressão de nossa literatura. A Chamada atividade literária das primeiras décadas de nossa formação histórica caracterizou –se por seu cunho pragmático escrito, seja circunscrita ao parâmetro jesuítico ou em viagens de reconhecimentos e informação da nova terra.
Os documentos do Quinhentismo precisam de uma maior importância literária e de um olhar um pouco mais profundo. Pois eles encerram inestimáveis riquezas sociográficas e historiográficas.
O nosso primeiro registro de literatura no Brasil a Carta de Pero Vaz de Caminha é escrita em forma de um diário de bordo, pois ela relata todos os acontecimentos desde 22 de abril ate o dia que ele encerra sua missão de reportar todas as informações a D. Manuel I. Todo seu escrito mostrou de forma irônica e maliciosa o deslumbramento pela nova terra como se tivessem encontrado o