Moda e Sociedade
por Kelly Fernanda Mayrink Drumond e Ângela Abi-Sáber
Sobre a primeira autora[1]
Sobre a segunda autora[2]
1 COMUNICAÇÃO E SOCIEDADE PÓS-MODERNA
A comunicação permeia toda a vida de um indivíduo. Independente do momento ou do local onde esteja, as pessoas sempre estarão imersas em um processo de comunicação. Etimologicamente, o termo vem do latim e significa[3] communicare: tornar comum, partilhar, trocar opiniões. Trata-se de uma construção de sentido e de coerência que somente os homens podem estabelecer, segundo as idéias de Diaz Bordenave (2002). Esse processo existe desde os primitivos agrupamentos humanos, que só se constituíram sobre a base das trocas simbólicas, da expressividade dos homens.
Trata-se se de um objeto que está à nossa frente, disponível aos nossos sentidos, materializado em objetos e práticas que podemos ver, ouvir e tocar. A comunicação tem uma existência sensível; é do domínio do real, trata-se de um fato concreto de nosso cotidiano, dotado de uma presença quase exaustiva na sociedade contemporânea. (FRANÇA, 2001, p. 39)
O homem se comunica pela emissão de sons articulados, a que são atribuídos certos significados conhecidos como linguagem verbal. Mas a comunicação existe também por uma infinidade de outros sinais ou códigos: o movimento dos olhos, os gestos das mãos, as inflexões da voz e também pela indumentária. Tudo tem algum significado, tudo comunica algo a alguém.
Quando um homem e uma mulher se casam, colocam anéis, se possível de ouro, em certos dedos das mãos. O nome dos anéis é “aliança”, pois eles comunicam aos demais que estas pessoas já não estão mais livres e sem compromisso. Na mesa onde a família faz suas refeições, o pai sempre ocupa a cabeceira. Seu lugar na mesa comunica sua posição de autoridade. (DIAZ BORDENAVE, 2002, p. 54)
Isso mostra que, além da difusão verbal de uma mensagem, a comunicação inclui