Pacientes cegos
Dados do último censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que existem mais de 16 milhões de pessoas com deficiência visual no Brasil, sendo 160 mil cegos totais.²
Essa condição pode ser desafiadora à equipe odontológica, que necessita atenção às situações e limitações inerentes aos pacientes portadores de deficiência visual, desde a adaptação do consultório odontológico até o manejo e a conduta destes pacientes.
O deficiente visual pode sofrer várias dificuldades, superáveis através de recursos e técnicas especialmente desenvolvidas para promover sua autonomia. As técnicas de orientação e mobilidade propiciam locomoção independente. O ensino de formas alternativas de realizar as atividades da vida diária (como vestir-se, alimentar-se, realizar a higiene pessoal e etc.), o uso do sistema braile no processo educacional e o domínio de habilidades de informática, representam facilidades para o desenvolvimento do deficiente visual. Ressaltamos a importância de ambientes preparados para estes sujeitos, reduzindo barreiras à vida social, incluindo: calçadas desimpedidas, com sinalização, no solo,e trilha tátil perceptível pelos pés; sinalização em braile em edifícios e elevadores, textos em braile em locais públicos (ex.: cardápios, bilhetes diversos, etc.).
Normalmente, há ainda tensão e constrangimento ao lidar com os deficientes visuais, e esta característica pode limitar o relacionamento do cirurgião-dentista com o paciente deficiente visual. O propósito deste