Os tipos de solos do estado de são paulo
José Setzer
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VOL.
I
II — MÉTODO DE TRABALHO O trabalho de campo foi baseado na tomada de perfis de solo : covas de 1 ½ a 2 m d e profundidade, de paredes planas e verticais, largas de 1 a 1 ½ m. Sobre as quatro paredes do perfil eram demarcados os diversos horizontes genéticos do solo. Esta operação era auxiliada pela percussão das paredes por meio de um estilete desde a superficie do solo até o fundo da cova. De cada horizonte tomavam-se nos pontos mais típicos duas amostras volumétricas de 5 0 c m ( ± 1 ½ cm ) que eram herméticamente fechadas numa latinha. Para a execução das diversas análises físicas, químicas e mineralógicas, tomava-se uma amostra média de cada horizonte num total de cérea de 10 quilos de terra.
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Os dados quantitativos dos principais tipos de solos aquí apresentados baseiam-se em quatro centenas de perfis típicos, representativos para tipos de solos de grande extensão. Sendo estudado o território do Estado sistematicamente, eram ainda tomadas amostras superficiais de solo para a obtenção de resultados de apenas algumas análises. Estes resultados são utilizados para a interpolação entre as caraterísticas de dois perfis completos e também para o esclarecimento de certas dúvidas verificadas, com certa frequência, nos trajetos seguidos e motivadas por mudanças mais ou menos bruscas observadas no aspecto do solo, da vegetação, da geologia, da topografia, dos efeitos da exploração do solo, etc. A caraterização dos tipos de solos não foi obtida apenas pelas análises que figuram nos 5 6 diagramas anexos. Foram determinadas ainda diversas caraterísticas físicas do solo seco ao ar, a análise mecânica sem peptização, as cores Ostwald do solo seco e úmido e a análise cinética. Esta fornece a altura da ascensão capilar da água no solo, bem como a sua quantidade e a velocidade do movimento ascensional. Entre as análises químicas não mencionadas nos diagramas,