Os sofistas
Após o surgimento da democracia na Grécia antiga, vários transformações ocorreram na sociedade, exigindo novas formas de se relacionar. Neste período, em que já estão avançadas as questões cosmológicas, a busca pelo ser das coisas deixa de ser o foco principal das questões filosóficas, que agora se ocupa com o homem e suas potencialidades. Era preciso saber falar para fazer valer seus interesses nas assembleias. Surgem, então, os famosos oradores denominados Sofistas, palavra que significa sábio em grego.
Os sofistas foram os primeiros filósofos do período socrático. Eles se opunham à filosofia pré-socrática dizendo que estes ensinavam coisas contraditórias e repletas de erros que não apresentavam utilidade nas pólis (cidades). Dessa forma, substituíram a natureza, que antes era o principal objeto de reflexão, pela arte da persuasão.
Os sofistas se compunham de grupos de mestres que viajavam de cidade em cidade realizando aparições públicas, como discursos, para atrair estudantes, de quem cobravam taxas para oferecer-lhes educação. Eles propunham ensinar qualquer coisa aos cidadãos que almejassem os cargos públicos ou simplesmente que se defenderiam em um caso litigioso. Os sofistas fascinavam àqueles que ouviam suas palestras, ensinando como transformar um argumento fraco em um argumento forte e vice-versa. São famosos e numerosos os sofistas que atuaram na Grécia antiga, em especial em Atenas, onde a cultura floresceu com mais evidência.
Dentre os sofistas, pode-se destacar: Protágoras, Górgias, Hípias, Isócrates, Pródico, Crítias, Antifonte e Trasímaco, sendo que destes, Protágoras, Górgias e Isócrates foram os mais importantes. Estes, assim como os outros sofistas, prezavam pelo desenvolvimento do espírito crítico e pela capacidade de expressão. Uma consequência importante que se fez pelos sofistas foi a abertura da filosofia para todas as pessoas das polis que antes era somente uma seita intelectual fechada formada apenas por nobres.
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