Os sete saberes necessários à educação do futuro
Escrito em 1999, a pedido da UNESCO, “Os sete saberes necessários à educação do futuro” pretende “expor problemas centrais ou fundamentais que permancem totalmente ignorados ou esquecidos e que são necessários para se ensinar no próximo século.” O livro é composto de sete pontos de discussão: As cegueiras do conhecimento: o erro e a ilusão; Os princípios do conhecimento pertinente; Ensinar a condição humana; Ensinar a identidade terrena; Enfrentar as incertezas; Ensinar a compreensão; A ética do gênero humano.
No primeiro capítulo, “As cegueiras do conhecimento: o erro e a ilusão”, o autor defende a importância de se considerar os inúmeros erros e ilusões que podem ocorrer em qualquer transmissão de informação. Ele destaca os erros mentais, intelectuais e os erros da razão, enfatizando, neste último item, a diferença entre racionalização e racionalidade, considerando a racionalidade a melhor proteção contra o erro e a ilusão. Morin também destaca as cegueiras paradigmáticas e mostra como os paradigmas que controlam a ciência podem desenvolver ilusões. Para o autor a educação deve sempre estar atenta à identificação da origem de erros, ilusões e cegueiras. E mais que isso, considerar sempre todos os aspectos dos problemas, sejam eles antropológicos, políticos, sociais ou históricos.
Em “Os princípios do conhecimento pertinente” o autor trabalha as questões do contexto, o global, o multidimensional, o complexo, mostrando que o conhecimento dividido em disciplinas muitas vezes impede a visualização da totalidade. Para o autor é importante que se consiga estabelecer as relações entre as partes e o todo em um mundo complexo.
O capítulo três - “Ensinar a condição humana” – traz mais uma vez a discussão do ensino fragmentado e de como isso é prejudicial à educação. É preciso considerar o ser humano e toda sua complexidade: sua condição física, biológica, psíquica, culutral, social, histórica. A