Os quase cristãos
“Com pouco me persuades a fazer-me cristão”. (Atos 26.28)
Muitos há que chegam até este ponto: pelo menos, desde que apareceu no mundo a religião cristã, sempre houve muitos, em todas as épocas e nações, que quase chegaram a ser persuadidos a se fazerem cristãos. Mas, visto que perante Deus de nada vale ir somente até esse ponto, é para nós da mais alta importância considerar:
Primeiro, o que implica ser quase cristão?
- Honestidade pagã, incluindo justiça, verdade e amor.
- A forma da piedade; abstenção dos pecados exteriores, fazendo o bem mesmo com esforço e sacrifício e usando publicamente dos meios de graça, usando-os no seio da família e em particular.
- Sinceridade, ou desígnio real de servir a Deus.
1. Ser quase cristão é ter, primeiro, honestidade pagã. Segundo as boas regras, eles recebiam lições segundo as quais não deviam ser injustos, levando embora os bens de seu próximo, tanto roubando como furtando; que não deveriam oprimir o pobre, usando de extorsão, em direção a qualquer um; que não deveriam ludibriar, ou fraudar, o pobre ou o rico, em qualquer que seja o comércio, que tiveram; defraudando de homem algum seu direito; e, se possível, não tendo dívidas para com algum deles.
2. Os pagãos comuns tinham consideração com a verdade e com a justiça, mantendo.
3. Ainda mais: havia uma forma de amor e assistência, que eles esperavam uns dos outros, sem preconceito, e que se estenderam, não apenas, àqueles pequenos préstimos de benevolência, que são executados, sem qualquer despesa ou trabalho, mas, igualmente, para alimentar o faminto, se eles tivessem comida de sobra; vestir o desnudo, com suas próprias vestimentas supérfluas; e, em geral, dando, a qualquer que necessitasse, aquilo que eles não necessitaram para si mesmos. Assim sendo, resumidamente, a honestidade pagã veio a ser; a primeira condição que implica em se ser quase um