Os Pólos da Ciência
O pós-modernismo, que valoriza o individualismo, o sentimento, a indeterminação e entre outras vias que negam a razão, surgiu para contrapor o universalismo do modernismo. O movimento modernista propunha o uso da lógica e da razão para a explicação dos conteúdos e das significações; já o pós-modernismo propunha fluidez, mutação e reatualizações dos conteúdos e significações.
Na ciência o pós-modernismo também se fez presente, abrindo espaço para um conhecimento não hierárquico, menos pretensioso nas suas generalizações e mais atento às especificações, não ficando preso a uma ordem lógica e estável. A oposição mais importante ao sistema da racionalidade moderna está em torno da negação da razão como único principio do saber. O irracionalismo hermético oscila entre místicos e alquimista, e, entre poetas e filósofos.
A modernidade vivia uma dualidade, de um lado prevalecia o território da razão e, do outro das contracorrentes que contestavam a razão. Um período cheio de conflitos e discordâncias em torno da atividade intelectual. “Esta é, sem dúvida, uma leitura possível quando, por exemplo, se percebe desde já o desenho de outra corrente de pensamento, dita neomoderna ou hipermoderna, que se contrapõe às manifestações pós-modernas. Na geografia, o hipermodernismo nos é apresentado por A.Pred, que se opõe a apreciação feita por Curry de sua obra como sendo o exemplo de uma geografia pós-moderna. Pred afirma ver a denominação de “pós-modernismo” como inexata, acrítica, decepcionante, e, por conseguinte, “o rótulo de uma época politicamente perigosa no mundo contemporâneo.” Esta corrente neomoderna ou hipermoderna pretende restaurar o primado da razão e, renovando assim com o paradigma da modernidade, integra as manifestações pós-modernas como um breve momento de ruptura, ou como um momento suplementar na grande marcha da modernidade”.
Um dos traços marcantes na modernidade foi o novo lugar conferido a ciência. “A geografia sempre foi desde a