Os negros não se deixaram escravizar
Temas para as aulas de história dos afrodescendentes
É comum vermos a tentativa de responsabilizar os oprimidos, pela a opressão sofrida. Acontece, por exemplo, quando ouvimos a declaração de que uma mulher sofreu violência sexual por estar usando determinada roupa ou se comportar de uma determinada forma. Assim é, porque as mulheres tem um comportamento preestabelecido, a ser seguido, mas que, hipocritamente, podem ser corrompidos pelo mesmo sistema que o impôs, para atender demandas comerciais. Fazendo uma análise franca da realidade, podemos perceber como essa ideologia é disseminada pela sociedade capitalista, de bases, inclusive, machistas. Músicas que deturpam a imagem da mulher, que vendem uma mulher “interesseira”, egoísta, fútil e, portanto, um mero objeto sexual. As canções que incentivam a banalização da sexualidade feminina, resultando muitas vezes, na destruição da infância de meninas, que viram jovens grávidas precocemente, sem sonhos ou perspectivas de vida, em sua maioria, claro, meninas de periferias e favelas, em maioria também, de pele negra e outros traços de afrodescendência, sejam eles físicos ou culturais, mas principalmente, concretizados em duras consequências sociais.
Tentam justificar o injustificável, criam teorias para isso. Assim, tentam incansavelmente, amenizar a culpa do homem branco colonizador e terrorista. O criminoso. Porque esses atributos, nada combinam com a ideia de pureza e soberania que foi construída em relação ao homem europeu. Não poderia esse mesmo homem ser violento e cruel. Essas características devem ficar reservadas ao grupo dos homens pretos “desalmados”. Tampouco poderia a mulher branca, dotada de bondade, educação e meiguice, ser capaz de atrocidades como as cometidas, por conta dos ciúmes das escravas violentadas por seus maridos escravocratas sexualmente maníacos compulsivos.
Viramos, nós os criminosos, passíveis e merecedores de punição, com quem a lei é sempre