"Os maias" - jantar do hotel central
1. Objetivos • Homenagear o banqueiro Jacob Cohen, uma iniciativa de João da Ega («... o Ega, alargando pouco a pouco a ideia, convertera-o agora numa festa de cerimónia em honra do Cohen...»). • Retratar a sociedade lisboeta. • Proporcionar a Carlos da Maia o primeiro contacto com o meio social lisboeta. • Apresentar a visão crítica de alguns problemas. • A nível da ação central: proporcionar a Carlos o primeiro encontro com Maria Eduarda.
2. Intervenientes
. João da Ega
Promotor do jantar, uma homenagem ao banqueiro Jacob Cohen, marido da «divina Raquel», com quem mantém uma relação adúltera, João da Ega defende o Realismo / Naturalismo. Ao assumir esta posição, acaba por convocar o poeta Tomás de Alencar, representante do Ultrarromantismo, e criar uma enorme discussão. A sua postura ao longo do jantar assemelha-se à adotada pelos jovens escritores da Geração de 70, profundamente revolucionários, o que o leva, por vezes, a recorrer a argumentos exagerados para sustentar as suas ideias.
. Jacob Cohen
É o homenageado durante o jantar, o marido da «divina Raquel», diretor do Banco Nacional, por isso o representante das Finanças na obra.
. Tomás de Alencar
Representante do Ultrarromantismo, é confrontado com os princípios naturalistas / realistas defendidos por Ega.
. Dâmaso Salcede
É o tipo do novo rico burguês e a súmula dos defeitos da sociedade: provincianismo, vaidade, futilidade e oportunismo (repare-se como louva Carlos da Maia com o intuito de assumir uma posição mais