Os filósofos cínicos

Os filósofos cínicos

Mais ou menos 400 a.C, surge na Grécia um movimento filosófico chamado “Cínico”, não no sentido que damos hoje a essa palavra, mas pela tradução grega do “Kynikos”, que vem da palavra “Kynon”, que significa “cão”, cachorro, pois, pela maneira desses filósofos vivenciarem a filosofia, eles deveriam andar e ser como os cães, no sentido de não terem moradia, sem dar valor ao dinheiro e viverem daquilo que as pessoas lhes oferecessem.
Assim de Sócrates para seu aluno Antístenes, que passou para seu aluno Diógenes que foi o precursor dessa idéia, e que andava pela Grécia como se não tivesse pátria, sem dar importância as autoridades, há uma passagem na história em que Alexandre o grande, conheceu Diógenes, pois Alexandre fora criado na Filosofia por Aristóteles, e gostava da Filosofia e do conhecimento, então perguntou ao Filósofo: “o que queres?”, a resposta de Diógenes foi: “não me tires o que não me podes dar”.
Diógenes era um verdadeiro andarilho, percorria todas as cidades da Grécia com uma espécie de lamparina nas mãos, em plena luz do dia, dizendo que o fazia, procurando um homem honesto pela Grécia, ele era tido como uma pessoa a procura de uma liberdade, de uma vida privada de luxo, de uma Filosofia de poucas palavras.
Esse movimento, percorreu parte do Mediterrâneo, chegando as cidades próximas ao mar de Galiléia, mar da Galiléia que na realidade é um lago de água doce, as cidades do entorno, foram praticamente helenizadas, e a língua falada e escrita pelos moradores da região em sua maioria era o grego antigo.
Para um Filósofo cínico um debate era sempre respondido com curtas respostas ou, com gestos, certa vez, alguns cidadãos de uma cidade passaram a filosofar com Diógenes, um deles afirmou que a Filosofia cínica, não existia, com isso Diógenes nada disse, levantou-se e passou a andar por entre eles, sem nada dizer, com esse gesto ele expressava que existia, assim a Filosofia existia com a existência do Ser.

Cleynerton Faria