Os festivais e as musicas de protesto
MUSICAS DE
PROTESTO
No início da década de 1960, a TV Tupi de
São Paulo produziu um programa chamado
“Hora da Bossa”. A apresentação desses programas dotados de novidades musicais era viabilizada por uma época em que vários shows em universidades, barzinhos e rádios aconteciam simultaneamente. Essa efervescência musical inspirou o produtor de TV Solano Ribeiro a realizar o I Festival da Música Popular Brasileira. O torneio, disputado em 1965, foi vencido por Elis
Regina com a canção Arrastão.
Elis Regina
Eleita melhor intérprete feminina no festival de 1967.
A TV Excelsior, acabou perdendo o programa com a proposta que levou
Solano Ribeiro para a TV Record. Essa emissora investiu nos festivais e na produção de outros dois programas.
Um deles era o Bossaudade, onde os estilos musicais mais antigos e tipicamente brasileiros eram prestigiados. O segundo era o Jovem
Guarda, onde jovens embalados pelo rock curtiam o som da turma de
Roberto e Erasmo Carlos.
Esses dois programas acabaram gerando uma intensa rivalidade nos festivais onde nacionalistas e experimentais ofereciam os mais variados sons ao público. Entre outros artistas podemos destacar o surgimento do grupo Os Mutantes e cantores como
Caetano Veloso, Tom Zé e Gilberto Gil
(tropicalistas).
Outra vertente bastante rica também se consolidou com a chamada música de protesto, que tinha, entre outros artistas,
Geraldo Vandré e Chico Buarque de
Hollanda.
CHICO BUARQUE DE
HOLANDA
Com o enrijecimento da censura durante a ditadura militar, os festivais acabaram perdendo sua viabilidade mediante a repressão instaurada. Um dos mais célebres casos dessa mudança aconteceu durante o festival de 1968, quando o cantor Geraldo
Vandré conquistou todo o público com a música “Caminhando”. Os censores do governo, antes do anúncio dos vencedores, proibiram que Vandré fosse considerado autor da melhor canção.
A realização daquele tipo de