Os dez nao ditos
3. O poder vergonhoso – A alternativa é, evidentemente deixar que as coisas ocorram e enfrentar os acontecimentos da melhor forma possível, sabendo que sempre será difícil, não por incompetência, mas porque é sempre árduo tomar a melhor decisão diante do imprevisto. Com o professor, o contrato não é o mesmo: pais, alunos, colegas, inspetores sempre lhe atribuem a imagem de alguém que supostamente sabe o que faz. Um professor estagiário ou até mesmo um professor mais experiente que, observado por um formador ou por um inspetor, assume sem vacilar o risco de um procedimento de projeto ou de uma situação aberta e que, se nada desse certo, dissesse tranquilamente que o sucesso nunca pode ser garantido, que o importante é tentar que tudo irá melhorar amanhã... tal serenidade só pode acontecer no caso de professores que tem uma identidade, uma solidez e um domínio muito acima da média. Como se fosse possível aceitar a parcela de desordem, de negociação, e de oportunismo indissociável das pedagogias abertas (Perrenoud, 1995b e 1996e).
4. Amadorismo ineficaz – Colocar o problema cruamente é correr o risco de parecer pouco criativo, funcionário, conformista, ou franco-atirador, desejoso e reinventar a roda para se proporcionar prazer... O verdadeiro profissional reconhece os dilemas e aceita que não pode simplesmente responder a eles de uma vez por todas. Também aceita expor-se ao julgamento