the-strange-case-of-dr-jekyll-and-mr-hyde
O advogado Utterson era um sujeito frio, concentrado, de poucas palavras, reservado, magro, alto, parcimonioso e melancólico, e tendo Richard Enfield, sendo o seu parente distante.
Foram a uma ruazinha de um bairro comercial em Londres, onde próximo havia uma construção sombria de dois andares, cuja única porta, sem campainha nem batente, estava empenada e suja. Era a porta de um laboratório.
Enfield e Utterson começaram a conversar sobre a porta. Aquele narrou que certa vez um homem (o qual Enfield não sabia descrevê-lo perfeitamente) esbarrou em uma menina (que tinha entre oito e dez anos) e passou em cima dela tranqüilamente. Pessoas da família formaram um grupo em torno da menina enquanto o homem continuava a andar. O homem era torturado sendo-lhe dito que se gozava de consideração perderia tudo, que seu nome seria amaldiçoado de um extremo a outro de Londres.
Estipulou-se uma indenização (proposta pelo sujeito estranho) à família: cem libras. Para arranjar o dinheiro, o homem os arrastou àquela porta; tirou uma chave, entrou, voltou com dez libras em ouro e um cheque autêntico assinado com um nome muito conhecido, que figura muitas vezes nos jornais. O homem (odioso e parecido com Satanás, segundo Enfield) disse que ficaria com Enfield até os bancos abrirem e que ele próprio descontaria o cheque.
O advogado Utterson quis saber o nome do indivíduo que atropelou a criança. Chamava-se Hyde. Utterson e Enfield combinaram de não mais referirem-se ao assunto.
[editar] Capítulo 2
Utterson regressou ao seu apartamento, foi ao escritório, apanhou do cofre um envelope que continha o testamento do Dr. Jekyll. No testamento, constava que em caso de falecimento de Henry Jekyll todos os seus bens passariam às mãos do seu “amigo e protegido Edward Hyde”, o que indignava o advogado. Este foi encontrar seu amigo Dr. Lanyon. Conversando, o Dr. Lanyon diz que há mais de dez anos Henry Jekyll tornou-se um mistério e começou a trilhar