OS DESAFIOS DA APRENDIZAGEM NA EDUCAÇÃO ESPECIAL
A experiência escolar pode contribuir para diferentes trajetórias de desenvolvimento, tendo impacto sobre as experiências futuras do indivíduo
(MARTURANO, 1997). A época de ingresso na escolaridade formal coincide com a fase de desenvolvimento psicossocial, proposta por ERIKSON (1971), que enfatiza o período entre os seis e doze anos como sendo a fase em que ocorre a crise evolutiva decorrente do desafio da produtividade versus inferioridade, onde a criança quer e precisa ser reconhecida pela sua capacidade de realizar tarefas valorizadas no seu meio ambiente.
O sucesso escolar, nesta fase, contribui para a resolução satisfatória desta crise, visto que garante à criança um desempenho valorizado pela sociedade
(LINDAHL, 1988; MARTURANO, 1997). Por outro lado, o insucesso acadêmico pode acarretar um senso de não cumprimento da sua tarefa psicossocial de desenvolvimento. A aprendizagem é um processo de aquisição e assimilação mais ou menos consciente, de novos padrões e novas formas de perceber, ser, pensar e agir.
Para que a criança desenvolva comportamentos e habilidades, é preciso que esteja adaptado ao método educacional, e que o ambiente escolar não seja uma fonte geradora de dificuldades na vida do aluno. Um fator importante no sistema educacional é o professor, principalmente nos primeiros anos de ensino. Os educadores não podem limitar o saber fazer, mas devem estar consciente e dar razões porque procedem desta e daquela forma. É que a tarefa educativa não é só uma arte que se aprende empiricamente, mas radica em reflexões profundas de natureza filosófica e em acuradas investigações de índole científica. Só tomando consciência destes pressupostos básicos poderão os educadores fazer uma obra verdadeiramente humana.
O comportamento e as atitudes do professor na relação com o aluno é fundamental, pois, segundo PATTO (2000), o professor pode projetar nos alunos seus próprios complexos, dificuldades emocionais,