Os conceitos de Justiça da Cultura Helênica e sua aplicação na Atualidade.
1. Introdução
O título desta breve análise acerca de um conceito tão abstrato, mas que ao mesmo tempo está presente de modo tão concreto, possui muitas relações com a Filosofia do Direito, e o modo como este é aplicado na atualidade.
Isto porque este se apresentam como alicerce teleológico do Direito, e durante a nossa história, a partir da Antiguidade Clássica, diversos importantes pensadores buscarão justificar de inúmeras formas, a aplicação desta admirável Ciência Social, a partir do desejo pela Justiça ou pelo medo da Injustiça.
Neste sentido, o Direito buscará aplicar este conceito em todas as relações que estabelecemos ou a que nos sujeitamos. A Justiça estará presente na construção realmente democrática de um Estado de Direito, na fidelidade e transparência para com os contratos públicos e privados, na devida contraprestação onerosa pelo empregador ao obreiro, na proporcional punição ao infrator das normas vigentes etc.
Poderemos observar a Justiça na atualidade em suas infinitas nuances, e estudá-la de diversos modos, como a Justiça a partir do Estado, ou a partir das atitudes de cada indivíduo.
Mas todo este estudo vem de uma construção milenar, através do pensamento de diversos filósofos que se propuseram a questionar o que é justo ou injusto, e a partir desse primeiro momento, tentar responder o que é Justiça.
2. Breve Histórico:
Não há como se dizer quando nasceu a Justiça como conhecemos hoje em dia, mas assim como muitos conceitos criados pelos humanos, foi primeiro idealizado na forma de um Deus, que através de seus aspectos e características, desenhava o que poderia se presumir daquele determinado conceito.
Uma das idealizações mais antigas que conhecemos da Justiça apresentou-se como a deusa Têmis, filha de Gaia e Urano. Esta foi criada juntamente com Nêmesis, que se tornou a deusa da Justiça Divina, enquanto Têmis era considerada a Deusa da Justiça e Leis