Os astecas
Nem todos os deuses e deusas tinham sede de sangue. A deusa Xilonen, por exemplo, era a delicada e gentil protetora das novas plantações de milho, adorada por pessoas comuns, particularmente por camponeses e jardineiros. Ela deve ter atraído tantos adoradores quanto os temidos deuses Tlaloc ou Coatlicue.
SACRIFICIO DE SANGUE
As pessoas acreditavam que Huitzilopchtli devia constantemente receber orações e ser alimentado com sangue humano, ou morreria. Se isso acontecesse, o Sol não mais se moveria pelo céu, a Terra ficaria escura e fria, e todas as criaturas pereceriam. Sacrifícios de sangue também expressavam os mitos astecas sobre a criação: no inicio do mundo todos os deuses teriam se sacrificado para dar vida ao Sol.
Os astecas constantemente invadiam os estados vizinhos. Eles necessitavam de muitos prisioneiros para matar e, dessa forma, dar vida a seu deus. Criminosos e escravos especialmente comprados podiam também ser sacrificados. Homens que eram sacrificados tinham a certeza de uma vida feliz após a morte. Por quatro anos, eles seriam “acompanhantes do Sol”, e então voltariam à terra como despreocupados beija-flores ou borboletas.
AS RAZÕES
Esses sacrifícios humanos parecem horríveis para nós, mas devemos lembrar que toda a civilização asteca dependia da chuva, do Sol e da promessa de uma boa colheita. Sem esses “favores dos deuses” muitas pessoas poderiam morrer.
Os sacerdotes provavelmente achavam válido matar alguns homens para assegurar que todos os outros sobrevivessem. Também devemos lembrar que o sofrimento era comum