Os agentes estressores na família contemporânea
Resumo: O estresse pode ser definido como conjunto de respostas físicas e psicológicas decorrentes da sobrecarga de trabalho e da defasagem entre experiência do real e expectativas pessoais. Na família da pós-modernidade (ou modernidade em crise) as relações conjugais acontecem sob novas pautas de valores e práticas que acarretam excesso de atividades, conflitos familiares e problemas educacionais relacionados à educação dos filhos. O presente estudo tem por objetivo indicar possíveis causas do estresse na família da pós-modernidade através da revisão da literatura acerca dos agentes estressores que interferem nas relações familiares. Buscou-se em autores como Petrini (2002; 2003a), Roudinesco (2003) e Cerveny (2007) as bases das configurações da família contemporânea e em Lipp (2003; 2010), Pacanaro (2004) e Wajnsztejn (2009) a descrição dos agentes estressores que influenciam as relações entre pais e filhos. Este estudo, de natureza qualitativa, reúne as principais referências teóricas a respeito da vida das famílias das grandes cidades e do estresse na sociedade atual. Os autores foram escolhidos com base na temática da sua obra, bem como na escola de pensamento a qual se refere, sendo contempladas a psicanálise, psicologia do ciclo de vida familiar, sociologia e autores do campo da saúde. Na sociedade pós-moderna, o estresse tem se tornado um problema de saúde com elevada incidência. De acordo com Lipp (2003) este fenômeno se deve às mudanças do estilo de vida das pessoas. Para Petrini (2003), a família interage com contexto social em constante mudança o que altera de modo substancial todos os aspectos da convivência humana. Cerveny (2007) afirma que a família continua a ser como era há décadas atrás, mas na contemporaneidade altera-se o ciclo vital. Roudinesco (2003) e Petrini (2003 chamam atenção para novas configurações de família que trazem incertezas e atraem o olhar dos estudos