Orpheu - 12º ano
“Bem propriamente, Orpheu, é um exílio de temperamentos de arte que a querem
Como a um segredo ou tormento”, com o objectivo de “formar, em grupo ou ideia, um número
Escolhido de revelações em pensamentos ou arte, que sobre este princípio aristocrático
Tenham em Orpheu o seu ideal esotérico e bem nosso de nos sentirmos e conhecermos” – Luís de Montalvôr
-------------------------------------------------
-------------------------------------------------
Orpheu Pequena Introdução A Republica em Portugal deu-se no início do séc XX, no entanto apesar da mudança aparentemente positiva, a grande tensão e a instabilidade social ainda se vivia devido à rutura e desorganização no sistema politico. Mais recentemente, Portugal participa na Primeira Guerra Mundial, originando um retrocesso cultural e social. Era necessário uma nova forma de pensar, uma mudança de valores antigos. Entretanto, Luís Filipe de Saldanha da Gama da Silva Ramos, mais conhecido pelo seu pseudónimo Luís de Montalvôr, regressa a Portugal com Ronaldo de Carvalho com a ideia de criar uma revista trimestral, reunindo-se com Fernando Pessoa e Francisco Sá Carneiro para apresentar a sua ideia.
Revista Orpheu O nome Orpheu foi nomeado por Luís de Montalvôr em consagração ao mítico músico grego de mesmo nome que para salvar a sua mulher Eurydice do Hades, teria de a trazer de volta ao mundo dos vivos sem nunca olhar para trás. Orpheu foi uma revista trimestral destinada a Portugal e Brasil, tendo sido editada em Lisboa que acabou por marcar o início do modernismo em Portugal. A primeira edição saiu em Janeiro de 1915 com o propósito de preencher o desejo de comunicar com arte, no entanto esgota nas primeiras 3 semanas, mas não devido à aceitação do público. O escândalo provocado pela publicação de Orpheu deveu-se, principalmente, à exibição de práticas de escrita e correntes artísticas avançadas (paulismo, interseccionismo, simultaneísmo, futurismo, sensacionismo). Após o