Origem da escrita e ortografia
A escrita é um processo simbólico que possibilitou ao homem expandir suas mensagens para muito além do seu próprio tempo e espaço, criando mensagens que se manteriam inalteradas por séculos e que poderiam ser proferidas a quilômetros de distância. Acredita-se que tenha se originado a partir dos simples desenhos de ideogramas: por exemplo, o desenho de uma maçã a representaria, e um desenho de duas pernas poderia representar tanto o conceito de andar como de ficar em pé. A partir daí os símbolos tornaram-se mais abstratos, terminando por evoluir em símbolos sem aparente relação aos caracteres originais. Por exemplo, a letra M em português na verdade vem de um hieróglifo egípcio que retratava ondas na água e representava o mesmo som. A palavra egípcia para água contém uma única consoante: /m/. Aquela figura, portanto, veio representar não somente a ideia de água, mas também o som /m/
Mesopotâmia
O sistema de escrita original dos mesopotâmicos era derivado do seu método de contabilidade. Por volta do fim do quarto milênio a.C., isso envolvia usar um instrumento pontiagudo de forma triangular, pressionado em argila mole para gravar números. Este processo foi evoluindo para uma escrita pictográfica, usando instrumentos pontiagudos e afiados para indicar o que estava sendo contado. As escritas com instrumento pontiagudo foram gradualmente substituídas pela escrita usando um instrumento em forma de cunha, (de onde veio o termo cuneiforme), inicialmente apenas para logogramas, mas evoluindo para incluir elementos fonéticos por volta do século XXIX a.C. Em torno do século XXVI a.C., a escrita cuneiforme começou a representar silabários de fala suméria. Também neste período, a escrita cuneiforme tornou-se de uso geral para logogramas, silabários e números, e esta escrita foi adaptada para outra língua mesopotâmica, a acádia e dali para outras tais como a hurrita e hitita. Escritas similares em aparência incluem aquelas usadas na ugarítica e persa