Origem da educação infantil
A criança na antiguidade era vista como um ser incapaz, um adulto em miniatura e era por meio de seu convívio com os adultos que aprendia seus hábitos e adquiria conhecimentos que a ajudariam em sua vida. Neste sentido Bujes (2001) ressalta que durante muito tempo, a família e o grupo social tinham responsabilidade sobre a educação da criança.
Nem sempre essa transmissão de conhecimentos acontecia no âmbito familiar devido aos laços afetivos entre estes, mas se dava em outras famílias onde as crianças trabalhavam junto com os adultos com a finalidade de aprender determinados ofícios.
Como nos diz Lunardi (2003), na Idade Média era muito comum o infanticídio, assassinato de bebês por seus pais; um ato cruel e desesperado praticado por famílias pobres que possuíam muitos filhos e não tinham como criá-los e alimentá-los. Ariès (1981, p.17) diz que
O infanticídio era um crime severamente punido. No entanto, era praticado em segredo, correntemente, talvez, camuflado sob a forma de um acidente: as crianças morriam asfixiadas naturalmente na cama dos pais, onde dormiam. Não se fazia nada para conservá-las ou para salvá-las.
Em caso de gravidez não desejada as famílias recorriam ao aborto, ou pior, asfixiavam os bebês no leito. Essas práticas eram veementemente condenadas pela igreja, que lutava para abolir estes atos, infelizmente sem sucesso.
A partir do século XVIII, a visão de criança pelos pais começa a mudar e estes passam a dar mais atenção à área afetiva e social da criança. Para Lunardi (2003), a família passa a assumir um novo papel, uma vez que a educação das crianças passa a ter uma atenção especial.
Nesse momento da história da humanidade a escola via a criança como um ser imperfeito, inacabado, fraco, bem como desprovido de qualquer conhecimento. Portanto, a maior função da escola nessa época era introduzir repetidamente regras para as crianças, sendo estas regras costumes e valores sociais e morais com o