Orientador Vocacional
Distinções conceituais
No Brasil, a área da orientação tem sofrido de um problema crônico de falta de definições conceituais explícitas e compartilhadas pela comunidade de orientadores sobre o significado de termos como orientação vocacional, orientação profissional, orientação ocupacional e orientação/aconselhamento de carreira, etc. Recentemente, Mark L. Savickas, um dos expoentes mundiais na atividade, propôs um modelo para fazer estas distinções conceituais tão necessárias para a comunicação e colaboração entre cientistas e profissionais da área. As definições oferecidas por Savickas (2004) dissecam o bloco indiferenciado das práticas de orientação, aconselhamento ou mesmo terapia relacionada ao trabalho e carreira. Estas idéias são apresentadas a seguir, a fim de dar continuidade ao debate e, espera-se, contribuir para se chegar com maior brevidade a um razoável consenso sobre o tema.
Savickas (2004) propôs a diferenciação dos serviços de carreira em aconselhamento de carreira, educação para a carreira, orientação vocacional, terapia ocupacional, colocação ocupacional e treino adaptativo ao posto de trabalho. canstockphoto2769296-292830_630x210.jpg A prática da orientação, adjetivada com o termo vocacional ou profissional, ajuda os indivíduos indecisos a avaliarem o seu repertório comportamental e a traduzi-lo em escolhas vocacionais. ?Ajuda os clientes a identificarem mais opções e a realizarem escolhas aplicando a venerável tríade de Parsons (1909) que consiste na clarificação de interesses e aptidões, na exploração de domínios e níveis ocupacionais congruentes e na especificação de alternativas vocacionais apropriadas?. (Savickas, p. 29) Esta atividade utiliza as teorias de traço e fator (por exemplo, Holland, 1997) para interpretar inventários de interesse, administrar informação, incentivar a exploração e sugerir escolhas ajustadas. A orientação, essencialmente, traduz autoconceitos para títulos ocupacionais