Organizações vista como sistemas politicos
A metáfora das organizações vistas como sistemas políticos têm duas abordagens. Conforme a primeira, pode-se entender as organizações como sistemas de governo, que variam de acordo com os princípios políticos que são empregados. As organizações podem ser autoritárias, democráticas, tecnocratas, etc. De acordo com a segunda abordagem, pode-se tentar desvendar a detalhada política da vida organizacional.
Para esclarecer a vida organizacional no dia-a-dia, deve-se perceber os arranjos que são formados, através dos quais pessoas com diferentes características tentam alcançar seus interesses particulares. Estes interesses só são assumidos privadamente, pois se tem a idéia de que nas organizações impere o racionalismo, onde todos os membros procuram por objetivos comuns. A política é vista como algo disfuncional, e não como um aspecto essencial.
Olhar a organização através de uma metáfora política é interessante, porque temos a visão de que toda a atividade organizacional é baseada em interesses, e avaliamos todos os aspectos do funcionamento organizacional intrinsecamente relacionados com a política. Supera-se o mito da "racionalidade organizacional". Isso não existe, o que existe é uma mistura de interesses pessoais, que não convergem, e apesar disso tem que se administrar e dar uma direção ao movimento da organização. Ajuda a encontrar caminhos para superar as limitações da idéia que as organizações são sistemas integrados funcionais, e politiza nossa compreensão do comportamento humano na organização. Por fim, ajuda a reconhecer as implicações sócio-políticas dos diferentes tipos de organização e o papel que jogam na sociedade.
Mas também há ressalvas. Pois este tipo de metáfora superdimensiona-se o componente político além de também gerar um cinismo, pois uma visão estritamente política é uma visão cínica da realidade, e pode-se reduzir esta compreensão política a um instrumento, a uma habilidade para conseguir